SINDUSCON Passo Fundo e Região
Sindicato celebra mais de três décadas de atuação no norte gaúcho
O que começou como uma associação entre construtoras e indústria moveleira viria a se tornar um dos sindicatos patronais mais atuantes e reconhecidos do norte gaúcho. Em 21 de março de 1986 o Sindicato das Indústrias da Construção e do Mobiliário de Passo Fundo (SINDUSCON), recebia a Carta Sindical do Governo Federal para atuar, nesse primeiro momento, em Passo Fundo, considerada hoje a mais importante cidade da região norte do estado.
O trabalho desenvolvido no município através de atuações frente ao poder público e na relação estreita e parceira com o sindicato dos trabalhadores, mostraram ao longo destas três décadas o caráter inovador e protagonista do SINDUSCON para as demandas e necessidades da cidade e também da região. Um trabalho que recebeu seu reconhecimento em janeiro de 2017 com a entrega da nova Carta Sindical, em cerimônia realizada em Porto Alegre. A Carta avalizou o sindicato a avançar no seu protagonismo para outras cidades importantes da nossa região. A base territorial do SINDUSCON expandiu para outras 29 cidades além de Passo Fundo. Com isso, o sindicato da indústria da construção e do mobiliário passa a ser regional, atuando também em cidades importantes como Marau, Carazinho e Sarandi.
Agora, o próximo passo é inaugurar a nova sede da entidade. Uma edificação de 11 andares que irá abrigar nos dois últimos pavimentos a área administrativa com local para eventos e reuniões. O presidente atual do SINDUSCON é o administrador Leonardo Gehlen, empresário de uma nova geração de lideranças da cidade e de associados do sindicato. Leonardo falou sobre o mercado da indústria da construção em Passo Fundo, de Construmóveis, os planos do sindicato para os próximos anos e a mudança para a nova sede no bairro Cidade Nova.
Que avaliação você faz do mercado imobiliário após os últimos anos de crise e agora com essa retomada do setor?
Leonardo Gehlen: O setor da construção civil esta muito otimista em relação ao mercado por causa das novas medidas ofertadas pelo Governo Federal como as baixas significativas dos juros, as novas linhas de financiamento com prazo de 30 anos em prestações já pré-fixadas, sem variação, o que dá uma previsibilidade muito grande para quem adquire o imóvel. Sem contar também todos os indicadores econômicos que trouxeram estabilidade para o país, com os números apontando crescimento na construção civil no Brasil em média de 2% a 3%. Falando em Passo Fundo esse número chega facilmente ao dobro disso, em torno de 5% a 6%, constatamos isso pela movimentação dentro do sindicato das incorporadoras e construtoras que lançaram 14 empreendimentos em 2019 e temos mais um bom número para o segundo semestre deste ano. Mesmo como os anos de recessão e séria crise financeira que afetou toda a população brasileira, do mais rico ao mais pobre, nossa cidade conseguiu sobreviver a quebradeira, especialmente no nosso setor, muito em razão da característica de Passo Fundo em ser um município com excelência nos setores de saúde, educação, serviços e agronegócio, além da posição estratégica privilegiada”.
Sobre a Construmóveis. Daqui pra frente, como a entidade planeja trabalhar a feira?
Leonardo Gehlen: A feira de 2019 realmente nos deixou muito feliz. Cumpriu com todos nossos objetivos. Daqui pra frente, depois de conversarmos muito em nossas reuniões e analisarmos uma série de variáveis que infelizmente nossa cidade ainda enfrenta, a principal delas é a falta de um local adequado para uma feira de grande porte como a nossa, decidimos em fazer a Construmóveis bianual, ou seja, de dois em dois anos. Assim, teremos mais tempo pra trabalha-la melhor e nos organizarmos para encontrarmos uma saída, principalmente para esse problema da falta de local adequado para a feira.
E quanto à nova sede? Vocês tem um prazo para se mudar?
Leonardo Gehlen: Ainda não definimos, mas queremos que seja ainda esse ano. Estamos trabalhando para isso. Os móveis da parte administrativa já estão praticamente prontos, o que falta são alguns pequenos ajustes em linhas gerais para efetuarmos a mudança. É uma obra grande, com alto custo e que vem sendo gerida como muito cuidado. A mudança para a nova sede vai colocar nossa entidade em outro patamar. Vai melhorar o atendimento ao nosso associado e a toda a comunidade, porque pretendemos ali realizar cursos de qualificação para os gestores e os colaboradores das empresas associadas. Vale ressaltar que essa mudança de ares pra nós converge com esse momento que o país vive. Nunca o risco país esteve tão baixo, a confiança do empresariado esteve tão alta, as taxas de juros estiveram tão baixas, e isso tudo traz o investidor de volta ao mercado, porque o dinheiro deixa de estar em banco e passa a ser direcionado para outros setores da economia, inclusive a construção civil e o mobiliário, porque quanto maior o número de imóveis entregue, maior também a oferta de móveis, porque são setores casados, irmãos, que andam juntos economicamente.